(Breve comentário de Lucas Laurentino, UFRJ)
Para quem sempre amou a leitura e os livros, uma das sensações mais frustrantes é justamente a de vê-los expostos (física ou virtualmente) e não dispor do dinheiro que possa comprá-los. Ainda que haja bibliotecas e amigos para eventuais empréstimos, poucas emoções no mundo se comparam à de se adquirir um tão sonhado livro, tê-lo entre as mãos e folheá-lo como seu possuidor. Jorge de Sena não está alheio a estes sentimentos. E é um poema seu, datado de 1944, quando mal tinha publicado seu primeiro volume de poesia, que expressa com extrema delicadeza um amor imenso à leitura, aos livros e à sua capacidade de transformar vidas. Sob o signo da Ode, este poema toca a sensibilidade de todo amante de livros.
Ouçamos, pois, a interpretação de Francisco Louçã da “Ode Aos Livros Que Não Posso Comprar”